Buscapé

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Como o Espiritismo entrou na vida de Allan Kardec


O professor Denizard ouviu falar pela primeira vez sobre os fenômenos das mesas falantes em 1854 e em 1855 foi convidado para participar de uma dessas reuniões por um amigo o Sr. Patier que era um homem muito sério e instruído.

O professor aceitou participar, pensando que eram fenômenos relacionados ao estudo que fazia sobre magnetismo. Após algumas sessões questionava-se para descobrir uma resposta lógica que pudesse explicar como podia simples objetos emitir mensagens inteligentes. As manifestações lhes davam a impressão que por trás das mesmas havia uma causa inteligente responsável pelos movimentos. Passou a investigar tais manifestações, pois sabia que ali estava a revelação de uma nova lei.

Cada vez mais o professor Denizard  ficava intrigado com essas forças invisíveis que se manifestavam nas seções e diziam ser almas de homens que haviam vivido na Terra. Mais intrigado ficou quando em uma das seções recebeu uma mensagem destinada a ele informando que: “Daria vida a uma nova Doutrina filosófica, científica e moral.” O professor respondeu que sendo ele o escolhido, tudo faria para desempenhar com empenho as obrigações encomendadas.

Allan Kardec, uma pessoa madura e racional iniciou sua observação e estudo dos fenômenos espíritas, mas sua primeira atitude é de ceticismo: “Eu acreditarei quando veja, e quando consiga provar que uma mesa dispõe de cérebro e nervos, e que pode se tornar sonâmbula.”

Após a admiração e a incredulidade inicial, Rivail pensa seriamente na legitimidade de tais fenômenos e continua nos seus estudos e observações, se convencendo pouco a pouco da seriedade do que estava presenciando. Ele diz: “de repente me encontrava em meio de um fato estranho, contrário, à primeira vista, às leis da natureza, ocorrendo na presença de pessoas honradas e dignas de fé. Mas a idéia de uma mesa falante ainda não cabia na minha mente”.
Na casa da família Baudin havia duas meninas médiuns:  Julie e Caroline Baudin de 14 e 16 anos respectivamente e lá começa o desenvolvimento da Codificação Espírita propriamente dita no ano de 1855.

As mesas falantes deram lugar à prática chamada cesta-pião que era um tipo de cesta que tinha em seu centro um lápis onde pessoas com capacidade de receber mais fortemente a influência dos Espíritos, médiuns com as meninas Julie e Caroline Baudin, colocavam suas mãos na borda da cesta, e as frases-respostas iam se formando.


Cesta-pião

Posteriormente a cesta-pião deu lugar ao uso das próprias mãos dos médiuns, ou seja, o fenômeno da psicografia e todas as respostas a perguntas feitas por Kardec aos Espíritos eram revisadas e analisadas várias vezes. Este controle rígido de tudo o que vinha de informações do mundo espiritual é o "Controle Universal dos Espíritos".

A partir dessas perguntas e respostas, Allan Kardec preparou o lançamento das cinco Obras Básicas da Doutrina Espírita, a Codificação, tendo início em 1857 com o lançamento de "O Livro dos Espíritos". Estes livros contêm toda a teoria e prática da doutrina, os princípios básicos e as orientações dos Espíritos sobre o mundo espiritual e sua constante influência sobre o mundo material.

Em 1858 Kardec lançou a "Revista Espírita" (a semente da imprensa doutrinária) e fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas que passou a ser a central do Espiritismo, local de estudos e incentivadora da formação de novos grupos.

Allan Kardec desencarnou em 31 de março de 1869, aos 65 anos, vítima de um aneurisma. Seus persistentes estudos foram essenciais para a elaboração do movimento espírita e organização dos ensinos doutrinais.

AS OBRAS DE ALLAN KARDEC
Estas são as Obras Básicas, que compõem o chamado "Pentateuco Espírita": as cinco obras da Codificação Kardequiana nas quais os Espíritos Superiores nos trouxeram as bases que formam a Doutrina Espírita:

O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade - segundo os ensinos dados por Espíritos Superiores com o concurso de diversos médiuns - recebida e coordenada por Allan Kardec.

  

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
A explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida.

  

A GÊNESE
A Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.

  

O CÉU E O INFERNO
Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte.

  

O LIVRO DOS MÉDIUNS
Ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo. (Fonte: Federação Espírita Brasileira)


          Chico Xavier psicografando obra ditada por Emmanuel


Maria